terça-feira, 9 de abril de 2013

Antes de Morrer - Jenny Downham

289 páginas - Editora Agir 


Se um dia você descobrisse que tem câncer, o que você faria? Viveria cada dia como se fosse o último, aproveitaria sua família e seus amigos ao máximo e confrontaria a doença? Talvez você fizesse uma lista de coisas...

E é isso mesmo que Tessa, a protagonista desta história, faz. Quando li essa pequena sinopse, sabia que iria chorar. Esperava um livro doce e bem clichê que retratasse romanticamente como a morte mudava a vida de alguém. Ainda sinto que os livros "doentes" são os que mais me emocionam, e esse foi um deles. Mas de uma maneira diferente.

Porque a gente pensa que quando alguém está para morrer essa pessoa deve ser gentil, doce e perfeita? Existe um tipo de aura que a cobre e de repente todos os seus pequenos erros são apagados para apenas a luz aparecer? Esse alguém está em paz e aceita plenamente sua situação?

É por isso que 'Antes de Morrer' torna-se um livro singular. Ao invés de sentir empatia pela Tessa, como provavelmente deveria acontecer, em várias partes do livro não gostava de sua personalidade forte e amarga. Ela estava longe de ser perfeita e certamente não era gentil. Se você pensa que os items de sua lista eram "louváveis", saiba que um deles é "Usar drogas" e outro "Quebrar uma lei" . É uma personagem diferente do que estamos habituados num tipo de livro como esse.

Isso tornou a leitura ainda mais interessante. Até quando Tessa se apaixona as coisas acontecem de forma diferente. Seu relacionamento com Adam é intenso e reprimido, como se ela não quisesse se machucar e também não quisesse machucá-lo. Ele está sempre ao lado dela e muitas lágrimas me foram arrancadas em partes deles.

Obviamente não consigo captar sua emoção em frases curtas que contam muito pouco do que podemos sentir, mas acredito que é uma leitura muito válida, principalmente pra pessoas que gostam de dramas românticos e estão habituadas à velha fórmula do romance melado. Downham escreve de um jeito sutil e forte, sem ser piegas e ainda tocando profundamente.  




 

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Fevereiro: Um livro que te faça rir.


"Eu sou Ozzy", Ozzy Osbourne - Editora Benvirá - 384 páginas

Como vocês sabem, no Desafio Literário de 2013, em Fevereiro, temos que ler "um livro que faça rir". Acreditem, eu peguei o melhor!

Peguei emprestado "Eu sou Ozzy" com o meu irmão porque queria me divertir. Ele disse que o livro foi uma das leituras mais divertidas que já teve na vida. Nunca fui muito de ler biografias, mas resolvi dar uma chance. E eu adorei!

O registro da vida de um dos maiores astros da história do Rock não podia ser diferente: muita bebida, drogas, turnês, sexo e música. O Ozzy é totalmente pirado! Quando terminei a leitura só fiquei me perguntando como é possível ele ainda estar vivo depois de tudo isso. Você também é convidado a vivenciar os momentos mais pessoais do vocalista, como quando ele é acusado de tentativa de homicídio à Sharon ou quando Randy e Rachel morrem no acidente de avião. Dá pra sentir que é ele que tá escrevendo (no caso ditando pra ser escrito, porque o Ozzy é disléxico) e a sinceridade e honestidade do cara é de tirar o chapéu.
Ele diz: "Sim, eu já traí minha(s) esposa(s). Também já bati nela(s) e matei algumas galinhas pelo caminho. Não me orgulho disso, mas é o que fiz. E sim, o episódio do morcego também aconteceu, mas é bem diferente do que todo mundo fala por aí". Sinceridade, cara.

Também somos convidados pros bastidores da criação do Black Sabbath (virei ainda mais fã do Tony Iommi!)e da carreira solo do Ozzy. Li escutando essas músicas que hoje são clássicos e fiquei mais admirada com o Rock 'n' Roll e sua história.

Super recomendado! Um dos livros mais engraçados e sinceros que já tive a oportunidade de ler.

sábado, 19 de janeiro de 2013

"A cidade do sol", Khaled Hosseini

A Cidade do Sol 
Khaled Hosseini - 365 páginas - Nova Fronteira 

Dentre os livros que já terminei este ano, achei que o que mais “merecia” uma resenha era ‘A cidade do sol’. É um drama muito bem traçado que me consumiu por inteira e deixou minhas amigas meio emburradas, já que eu dispensei-as algumas vezes para devorar o livrinho.

Ganhei o bendito em novembro de 2008 (sim, eu ainda tenho váááários livros que ganhei na minha festa de 15 anos não lidos. Que vergonha!), mas finalmente o coloquei  na minha malinha e na minha lista de férias. Não me arrependi de jeito nenhum: Khaled Hosseini, que não tinha me cativado em ‘O caçador de pipas’, conseguiu ganhar uma fã com essa belíssima história.

O enredo traz a vida de duas mulheres que moram no Afeganistão: Mariam e Laila. Você percebe que, apesar de todas as injustiças, desgraças e tragédias que acontecem com elas, são pessoas que não pedem muito para o futuro. O que nos é simples (como a felicidade, a liberdade e a independência, por exemplo) lhes é negado das formas mais cruéis e tristes já vistas. Confesso que eu me revoltei uma boa parte do livro, mas não deixou de ser uma leitura fantástica.

Um livro para crescer de espírito, pensar um pouco mais na simplicidade da vida e agradecer tudo o que Deus lhe deu. Leitura mais que recomendada!